Amanda Dias

Geógrafa, Licenciada em Geografia e Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal da Bahia

Durante minha doce infância, além das bonecas que sempre gostei de brincar, o contato com os solos já havia se iniciado com os famosos “bolinhos de terra”. A Amanda daquela época mal sabia ela que essas seriam as suas primeiras análises macromorfológicas do solo, que não foram feitas em campo, mas em um cantinho especial da casa, o canteiro de flores. Diante de uma insistente dúvida sobre quais cursos da área ambiental iria ingressar, no ano de 2014 inicio minha graduação em Geografia Bacharelado na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus-BA. Durante o curso, por aproximadamente 2 anos e 3 meses, fui integrante do grupo PET SOLOS, o primeiro grupo petiano do Brasil, com temática exclusiva em solos. Nesse grupo foram desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão, contando com realização de eventos na própria UESC, bem como participação de eventos nacionais e internacionais. Esse foi o ponta pé para iniciar a minha jornada nos estudos de Pedologia, Morfologia e Classificação de Solos e Ensino de Solos. Posterior à graduação, início em 2019 o Mestrado em Ciência do Solo, na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba-PR. Durante esse período foram realizadas importantes atividades de campo para classificar e entender a dinâmica dos fatores de formação dos solos nas paisagens paranaenses. Durante o Mestrado, tratei dos estudos sobre a Reconstituição Paleoambiental da área de turfeira (Organossolos) situada em Tijucas do Sul, no Primeiro Planalto Paranaense. Para esse estudo, foram utilizadas proxies como fitólitos e isótopos de C e N, na tentativa de contar a história sobre as mudanças climáticas e vegetais ocorridas no passado. Atualmente, sou licenciada pelas UNIASSELLI (Centro Universitário Leonardo da Vinci) e sou doutoranda pela Universidade Federal da Bahia, desde o ano de 2022. No doutorado, a minha pesquisa está associada á pedogênese de Vertissolos formados na Depressão Sertaneja que apresentam características ambientais homogêneas, porém materiais de origem distintos. O nosso interesse é compreender como o material de origem tem a capacidade de controlar a formação dos Vertissolos estudados. Entre algumas das análises importantes a serem realizadas, destaca-se a micromorfologia do solo, como técnica capaz de auxiliar nesse tipo de entendimento.