12 de maio de 2025

Geodiversidade do Brasil: quantificação, distribuição e implicações para áreas de conservação

Foi publicado no periódico Geoheritage o artigo internacional The Geodiversity of Brazil: Quantification, Distribution, and Implications for Conservation Areas, resultado de uma colaboração entre pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e Portugal. A publicação apresenta uma abordagem inédita e integrada de mapeamento da geodiversidade nacional, utilizando dados geológicos, geomorfológicos, pedológicos e hidrológicos.

Um dos principais méritos do artigo está em propor uma leitura dinâmica da geodiversidade, que extrapola o uso dos índices como representações estáticas. Os autores defendem a incorporação de perspectivas evolutivas, considerando a trajetória temporal e os processos que moldaram os elementos naturais do território. Essa abordagem amplia o potencial de aplicação dos índices em contextos de planejamento territorial, políticas públicas e conservação.

📌 Entre os coautores está a professora Grace B. Alves (UFBA), cujo trabalho tem se consolidado na interface entre geodiversidade, paisagens tropicais e semiáridas e dinâmica pedogeomorfológica. Sua atuação reforça o compromisso com uma ciência territorializada e crítica, atenta à complexidade dos sistemas naturais e às desigualdades socioespaciais.

Índice de Geodiversidade e Unidades de Conservação. Fonte: Silva et al., 2021

📍 O estudo revela lacunas significativas entre as áreas de alta geodiversidade e a cobertura das unidades de conservação existentes, como evidencia o mapa acima (Fonte: Silva et al., 2021 | Geoheritage).

📚 A pesquisa foi conduzida por uma rede nacional e internacional de pesquisadores e representa um esforço coletivo para consolidar metodologias e referências que permitam incorporar a geodiversidade de forma estruturada nas agendas ambientais brasileiras.

📰 A importância dessa contribuição também foi destacada na imprensa científica, com a matéria Lugares com rochas relevantes, publicada pela Revista Pesquisa FAPESP, que reforça a urgência de incluir os elementos geológicos e geomorfológicos nos debates sobre patrimônio e conservação.

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